sexta-feira, 8 de março de 2013




Minas Gerais já conta com 251 cachaças certificadas
Durante o ano de 2012, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) certificou mais 25 marcas de cachaça de alambique


Segundo o site Agência Minas, com o intuito de agregar valor aos produtos tradicionais no Estado, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) desenvolveu os programas de certificações. O objetivo desses programas é valorizar os produtos mineiros, proporcionar maior garantia de mercado aos produtores rurais e uma oferta de produtos de qualidade para o consumidor.


Durante o ano de 2012, o IMA certificou mais 25 marcas de cachaça de alambique, sendo que atualmente, Minas Gerais conta com 251 marcas certificadas. A meta para este ano é certificar pelo menos mais 30, sendo que este número pode aumentar de acordo com a demanda dos produtores. A expectativa para 2013, em relação ao número de estabelecimentos produtores de cachaça certificados é que aumente em torno de 10%. Atualmente, o Estado possui 182 estabelecimentos devidamente certificados.


O programa de certificação é de adesão voluntária, sendo voltado para produtos agropecuários e agroindustriais. No caso da cachaça, é destinado para a produção artesanal, que utiliza o fermento natural com a destilação em alambique de cobre. O interessado em participar desse processo pode procurar um dos escritórios do Instituto para receber as orientações necessárias.


No momento de requerer a certificação, o produtor pode optar por três sistemas produtivos da cana: o sistema orgânico, o sem agrotóxicos e o sistema tradicional. No primeiro, a cana deve ser cultivada sem agrotóxicos e adubos químicos. No segundo, não pode haver aplicação de agrotóxicos, porém o uso do adubo químico é permitido. E no tradicional, é permitido o uso de agrotóxicos e adubos químicos indicados para esta cultura, dentro dos parâmetros agronômicos prescritos.


As cachaçarias são certificadas segundo o processo de produção usado, atendendo os procedimentos de boas práticas de fabricação, adequação social e responsabilidade ambiental. Esses estabelecimentos passam a ter o direito de uso do certificado, da marca de conformidade e dos selos de certificação oficiais do estado de Minas Gerais, que são divulgados nas garrafas.


Segundo o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, o programa de certificação da cachaça é um estímulo e traz vantagens para os produtores, exportadores e consumidores. “Há um aumento da competitividade com a aceitação da bebida em novos mercados. Além disso, a certificação atesta a garantia de procedência do produto ofertado, dando opções de qualidade para os consumidores”, comenta.


Com o objetivo de produzir cachaça de qualidade, melhorando o nível tecnológico do alambique que José Carlos G. M. Ribeiro e Arnaldo Andrade Ribeiro escreveram o Livro Fabricação Artesanal da Cachaça Mineira publicado pela Aprenda Fácil Editora (AFE). Segundo eles, todas as etapas da fabricação da cachaça devem ser padronizadas para que a mesma seja certificada e agregue ainda mais valor.



Autora da notícia: Dayene Schiavon de Castro.
Publicada:25/01/2013

terça-feira, 5 de março de 2013

Infância de cachaceiro

Quando menino, amava no inverno após as queimadas, principalmente no Sitio do seu Antonio Velhinho, pegar as canas sapecadas pelas chamas, descascava com os dentes só pra sentir o gostinho de cachaça, era uma delicia.
Hoje quando provo uma cachaça ela tem que me remeter aos dias de minha infância proporcionando prazer e não o desprazer do gosto de álcool rasgando  boca e garganta.

Paulo Galeano

segunda-feira, 4 de março de 2013

Dia Internacional da Mulher



Dia Internacional da Mulher




Daniela Vilaça da Cachaça Viola e Prosa - Foto: André Fossati 


Um dia para ser comemorado e devia ser feriado!
Sim, feriado e que neste dia nenhuma delas trabalhasse... uma utopia!
Mesmo sem ser remunerada, a mulher é e sempre foi, uma eterna trabalhadora. 
O que seria dos homens sem as mulheres?

Então... as mulheres estão sempre presentes e dia-a-dia habitando lugares e funções que pensávamos ser apenas masculinas, sem deixarem de ser femininas. Exemplos, estão aí por toda parte, em diversos mercados de trabalho elas são preferidas pela sua capacidade, atenção, cuidado, delicadeza...

E no mercado da Cachaça não poderia ser diferente, a mulher já faz parte dele a muito tempo. Se antes ela ajudava - como conta Alessandra Garcia Trindade que é autora de um dos melhores e mais completos livros sobre a Cachaça: Um Amor Brasileiro "em 
 Minas, quando começou aquela época de exploração de pedras preciosas, quem cuidava da cachaça eram as mulheres. Os homens ficavam lá extraindo riquezas e as mulheres, 
 
sempre muito presentes, é que produziam a cachaça. E a gente vê a relação das 
 
mulheres com a cachaça desde o início." - hoje em dia sua função já é de empreendedora. 


A Cachaça desde o nome já feminina e "a mais brasileira das bebidas, símbolo nacional, com qualidade, charme e sofisticação. Quem prova cachaça, quer beber um pouco de nosso País e comprovar que estilo e sofisticação podem estar associados a um produto genuinamente brasileiro" - disse Marcelo Copello, que é um dos principais formadores de opinião da indústria do vinho no Brasil, reconhecido internacionalmente como um dos maiores wine writers brasileiros. 

O trabalho de valorização da Cachaça, dentro do nosso próprio país, vem recebendo a adesão de muitas mulheres, talvez pelo sentimento de nacionalidade, curiosidade feminina, capacidade de sentir e apreciar sabores e aromas, além de suas qualidades natas de criar e cuidar.

Uma dessas mulheres é a paraibana Anna Carolina Fonseca, dona de um alambique, que luta para colocar sua cachaça no mercado e diz que “produzir cachaça é como um filho, você vai entendendo, compreendendo e vai adquirindo aquele apreço. Dá trabalho, mas a gratificação é imensa.”




Uma das melhores cachaças e que faz parte do ranking das melhores do Brasil tem uma mulher como proprietária, administradora e até alambiqueira, é a Cachaça Maria Izabel (7ª colocada) produzida em Paraty-RJ por Maria Izabel. Outras tão boas quanto, também são administradas por mulheres como : a mineira Cachaça Germana (4ª colocada) por Dirlene Maria Pinto; em Macaé-RJ a Veritas por Renata Santos Crespo; a mineira Cachaça Diva por Cintia Cardoso de Souza Melendez; a paulista Cachaça Conceição por Ana Cristina Bernardes; a potiguar Maria Boa por Miriam Cerutti; a mineira Domina Suave por Maria da Paz Arruda; a paranaense Engenho da Serra por Sueli Gnatta; a gaúcha Fonte Imperial por Andreia Britto; a mineira Cachaça Da Boa Esperança por Silvia Helena S. Moura; a mineira Cachaça Prosa e Viola por Daniela Vilaça (foto acima); e a lista é bem maior e cresce a cada dia.

Apreciar e saber diferenciar os vários tipos de cachaças, não é um trabalho fácil, mas aí também já temos representantes femininas, como a sommelier de cachaças Fernanda Nepomuceno que criou camisetas com a frase "Eu tenho estilo, eu bebo cachaça" para distribuir às amigas degustadoras. 




A degustação da cachaça pelas mulheres vem crescendo também, mas ainda a forma mais apreciada é através dos drinques, como a nossa famosa e deliciosa Caipirinha. Mas além dela existem centenas de outros tão deliciosos quanto, você pode encontrar vários deles no livro Coquetéis com Cachaça de Miriam Cerutti.



Para comemorar brindamos com Cachaça à todas, 
as maravilhosas mulheres que conquistam o mundo a cada dia!

Parabéns pelo seu dia,
Saúde e Felicidades!

original de:

http://cachacaepresente.blogspot.com.br/2012/03/dia-internacional-da-mulher.html